A desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57% e alcançou o pior índice desde o início do mandato, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). Já a aprovação caiu para 40%, também o menor índice até agora. Ambos os números oscilaram dentro da margem de erro.
O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 entrevistas presenciais em todo o país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Confira os números:
Aprova: 40% (eram 41% em março); Desaprova: 57% (eram 56%); Não sabe/não respondeu: 3% (eram 3%).
Detalhes do levantamento:
Pela primeira vez, os católicos desaprovam mais do que aprovam o governo Lula. Até janeiro, a aprovação entre eles era maior e, na pesquisa anterior, havia empate técnico. Entre quem tem ensino fundamental, também houve mudança: Lula deixou de ser mais aprovado do que desaprovado, e agora há empate técnico inédito nesse grupo. No Nordeste, Lula recuperou a liderança na aprovação: são 54% que aprovam contra 44% que desaprovam. Na pesquisa anterior, os números estavam empatados (52% a 46%). Entre os mais pobres (que ganham até 2 salários mínimos), a aprovação oscilou para baixo e a desaprovação, para cima. Os dois grupos seguem em empate técnico. Já entre os que ganham mais, Lula continua mais desaprovado, mas a aprovação subiu e a desaprovação caiu, dentro da margem de erro. A percepção de piora na economia caiu de 56% para 48%, e também diminuiu a quantidade de pessoas que dizem ter sentido aumento nos preços. Mesmo assim, a maioria ainda acredita que o poder de compra é menor do que há um ano.
Escândalo no INSS e aumento do IOF também impactaram
Os entrevistados foram questionados sobre o escândalo no INSS e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para 31%, o governo Lula é o principal responsável pelo desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas. Já sobre o aumento do IOF para compra de dólares, 50% afirmaram que o governo errou ao manter a cobrança.
Desempenho por região:
Nordeste: aprovação de 54% e desaprovação de 44% (antes havia empate); Sudeste: desaprovação sobe para 64% e aprovação cai para 32%, os piores números do mandato na região; Sul: desaprovação de 62% (era 64%) e aprovação de 37% (era 34%); Centro-Oeste e Norte (apurados juntos): desaprovação subiu para 55% (era 52%) e aprovação ficou em 42% (era 44%).