O secretário de Administração da Paraíba, Tibério Limeira, divulgou nesta sexta-feira (17) uma nota pública em que nega as acusações apresentadas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) no âmbito do caso “Padre Zé”. Ele está entre os 16 denunciados pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), que investiga um suposto esquema de desvios de R$ 140 milhões no Hospital Padre Zé e no programa Prato Cheio.
Na nota, Tibério classificou a denúncia como baseada em documentos “sem qualquer validade legal” e destacou que os manuscritos usados como prova poderiam ter sido produzidos por qualquer pessoa. Ele também afirmou que se colocou à disposição do Ministério Público desde o início das investigações, mas lamentou nunca ter sido chamado para prestar esclarecimentos.
“Durante todo o processo, coloquei-me à disposição do Ministério Público, inclusive formalizando pedido para colaborar com o esclarecimento dos fatos, mas, lamentavelmente, nunca fui chamado. Mantenho minha tranquilidade e confiança de que a justiça prevalecerá, trazendo à luz a verdade e reafirmando minha trajetória pautada pela ética e pela responsabilidade pública”, disse na nota.
Tibério Limeira reafirmou sua confiança na Justiça e destacou sua trajetória como gestor público.
Entenda o caso
A denúncia apresentada pelo GAECO envolve, além de Tibério Limeira, a atual secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Pollyanna Dutra, o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, e outras 13 pessoas. Segundo o MP, o esquema incluía o pagamento de propinas disfarçadas de “devoluções” em contratos de fornecimento de produtos e refeições.
Mensagens interceptadas e anotações da ex-diretora Amanda Dantas apontam que Tibério Limeira teria recebido R$ 50 mil em uma sacola, entregue por um portador de sua confiança, segundo os promotores. A denúncia ainda está em tramitação e outros desdobramentos podem surgir nas próximas etapas do processo.
A defesa de Tibério Limeira, assim como a de outros denunciados, reafirma a inexistência de provas consistentes que liguem o secretário ao esquema investigado.
