O vídeo de Nikolas Ferreira, deputado federal, viralizou nas redes sociais e gerou repercussão ao criticar as recentes medidas do governo Lula sobre o monitoramento de gastos com cartão de crédito e pix. Ferreira questionou a lógica por trás do controle dos gastos de pessoas físicas com movimentação acima de R$ 5.000 e de empresas acima de R$ 15.000. Para ele, a medida afeta principalmente trabalhadores informais, como feirantes, motoristas de Uber, pedreiros, entregadores de iFood e microempreendedores individuais (MEIs), que já enfrentam dificuldades financeiras e terão suas transações monitoradas.
Em seu discurso, o deputado destacou que esses trabalhadores, que já vivem no aperto, não têm condições de arcar com as altas taxas de impostos do Brasil, especialmente quando não recebem serviços públicos de qualidade, como saúde, educação e transporte. Ferreira criticou o fato de que, enquanto o governo federal aumenta seus próprios gastos, incluindo os do cartão da presidência, com sigilo nos seus próprios gastos, exige transparência para os cidadãos comuns.
O deputado afirmou que a medida não vai atingir apenas os grandes sonegadores, mas a classe trabalhadora, que, muitas vezes, não declara o imposto de renda por não conseguir pagar as contas. Ele questionou a lógica de um governo que, segundo ele, foca em arrecadar mais impostos sem oferecer melhorias nos serviços públicos. Ferreira também alertou que o uso de sistemas bancários pode se tornar um obstáculo para os pequenos empreendedores, que, para evitar a vigilância do governo, podem acabar retornando ao uso de dinheiro vivo.
A crítica de Ferreira foi direcionada à falta de transparência nas ações do governo e a possível invasão de privacidade dos cidadãos, afirmando que a medida é uma tentativa de arrecadar mais, sem garantir que os recursos sejam aplicados de forma eficaz em áreas como saúde, segurança e educação. O vídeo gerou um grande debate sobre o papel do governo na fiscalização dos gastos da população, enquanto muitos se perguntam sobre a eficácia dessas medidas diante das dificuldades já enfrentadas por grande parte da população brasileira.
A oposição já iniciou a coleta de assinaturas para apresentar um projeto de lei que busque impedir a implementação dessas medidas e, segundo Ferreira, a ação judicial no STF pode ser a última esperança para reverter a decisão da Receita Federal.