O Partido Liberal (PL) está sendo investigado em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) apresentada pelo PDT, que acusa a legenda de usar candidaturas fictícias de mulheres nas eleições para cumprir a cota mínima de 30% de gênero, exigida por lei. De acordo com a denúncia, três candidatas do partido receberam R$ 125 mil cada uma do fundo eleitoral, mas obtiveram menos de 100 votos, levantando suspeitas de irregularidades e possível desvio de recursos.
O PDT alega que as candidaturas femininas foram criadas apenas para atender à exigência legal, sem a intenção de serem competitivas, o que configuraria uma fraude. A sigla também destaca que a desproporção entre os valores investidos e os resultados obtidos pelas candidatas evidencia irregularidades graves.
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça Eleitoral, o pedido inclui a anulação de todos os votos recebidos pelo PL, o que pode levar à perda dos mandatos dos vereadores Durval Ferreira, Carlão Pelo Bem e Fábio Lopes, eleitos pela legenda.
Fraudes em cotas sob investigação
Essa não é a primeira denúncia apresentada pelo PDT. Na última semana, o partido também protocolou ações semelhantes contra o MDB e o PSD, reforçando a necessidade de fiscalização sobre o uso de recursos públicos e o cumprimento da legislação eleitoral.
A legislação determina que, nas eleições proporcionais, pelo menos 30% das candidaturas sejam destinadas a mulheres, além de uma distribuição proporcional dos recursos do fundo eleitoral. No entanto, casos como o denunciado pelo PDT levantam questionamentos sobre a efetividade das medidas para promover a igualdade de gênero na política e o uso ético dos recursos públicos.
A Justiça Eleitoral deve analisar a ação e decidir sobre as possíveis sanções ao PL e aos seus candidatos eleitos.
