Professores enfrentam desafios com uso de celulares em sala de aula no Brasil e no mundo

No Dia dos Professores, celebrado em 15 de outubro, uma questão continua desafiando educadores no Brasil e no mundo: o uso de celulares pelos alunos durante as aulas. Muitos professores relatam que o silêncio após perguntas como “Alguém ficou com alguma dúvida?” e “Gostaria de acrescentar algo?” não significa a absorção do conteúdo, mas a dispersão dos estudantes, já conectados em seus celulares.

Pesquisadores em educação alertam que o uso indiscriminado de dispositivos móveis em sala é um dos maiores obstáculos para melhorar o ensino. O professor Gilberto Lacerda dos Santos, da Universidade de Brasília (UnB), defende que a chave para lidar com essa situação está na formação inicial e continuada dos professores. Segundo ele, é preciso integrar a tecnologia de forma sedutora, sem deixar de garantir os saberes tradicionais.

Fábio Campos, pesquisador da Universidade de Columbia, vai além, considerando a presença dos celulares como uma “epidemia” nas escolas. Ele defende a necessidade de um norte para o uso virtuoso dessas tecnologias em sala, em vez de apenas proibir seu uso. Campos aponta ainda para a falta de uma política nacional no Brasil para integrar essas tecnologias de forma eficaz no ambiente escolar, mesmo após a pandemia ter exposto essa necessidade.

A pesquisa TIC Educação 2023 revelou que seis em cada dez escolas no Brasil já adotam regras para o uso de celulares, permitindo o uso apenas em horários e locais específicos. No entanto, 28% das instituições educacionais proíbem completamente o uso do dispositivo.

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Rômulo Teodorico

Rômulo Teodorico, jornalista formado pela UFPB, traz experiência desde a assessoria institucional até a criação do portal Paraíba Atualiza. Conectado à espiritualidade, encontra inspiração na palavra de Deus. Sua rotina se entrelaça com uma xícara de café e as páginas de livros que ampliam seus horizontes.