A engenheira eletricista Danielly Rocha, de 30 anos, viralizou nas redes sociais após pagar a taxa de condomínio de R$ 835 com 10 kg de moedas. A moradora do Edifício JK, em Belo Horizonte, utilizou 1.663 moedas de R$ 0,50 e R$ 1, em protesto contra a recente exigência da administração do prédio de que o pagamento fosse feito apenas em dinheiro.
Segundo Danielly, a decisão de pagar o valor dessa forma foi uma crítica à obrigatoriedade de pagamento em espécie, que, segundo ela, compromete a segurança dos condôminos e pode gerar irregularidades na prestação de contas. A engenheira afirmou que a exigência de sacar grandes quantias de dinheiro vivo é absurda e, por isso, decidiu demonstrar sua insatisfação com o protesto inusitado.
“Eu queria mostrar como essa exigência é impraticável e absurda. A minha ideia inicial era pagar com moedas de 5 e 10 centavos, para simbolizar ainda mais o transtorno que esse tipo de regra causa”, explicou Danielly. Ela contou com a ajuda de familiares para organizar as moedas, um processo que levou horas. No dia do pagamento, os funcionários do condomínio levaram cerca de duas horas para contar o valor total.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais, com muitos internautas apoiando a atitude de Danielly. A moradora afirmou que, se a administração mantiver a exigência de pagamento em dinheiro, planeja repetir a ação nos próximos meses, possivelmente com ainda mais moedas. Outros condôminos também estão considerando aderir ao protesto.
A administração do condomínio justificou a decisão de exigir o pagamento em espécie devido a dificuldades na emissão de boletos bancários, mas garantiu que a medida é temporária. Para Danielly, essa explicação não justifica o transtorno imposto aos moradores, que preferem alternativas mais seguras e práticas de pagamento.
O protesto de Danielly é um exemplo de como ações simbólicas podem chamar atenção para problemas cotidianos que afetam comunidades inteiras. O desfecho da situação ainda é incerto, mas a engenheira já deixou claro que continuará lutando pelo que acredita ser justo.