Eloah Felinto foi eleita vereadora do município de Bayeux com 1.201 votos, mas o que essa vitória realmente significa para a política local? Embora tenha sido apresentada como uma “voz da renovação”, a eleição de Eloah, com base em sua trajetória nos movimentos sociais e estudantis, levanta algumas questões sobre a real capacidade de entrega de suas promessas.
Ao longo de sua campanha, Eloah defendeu uma política “mais inclusiva e participativa”, mas o discurso não é novo. Diversos candidatos já se apresentaram com essa bandeira, e poucos, de fato, conseguiram transformar palavras em ações concretas. Bayeux enfrenta desafios urgentes em áreas como saúde, educação e geração de empregos, problemas que exigem soluções rápidas e eficazes, não apenas boas intenções.
Sua experiência na Casa da Cidadania e no Orçamento Democrático é, sem dúvida, válida, mas será o suficiente para enfrentar as complexidades de uma cidade que sofre com a precariedade dos serviços públicos e a desconfiança generalizada em relação aos políticos? A promessa de um “mandato popular” soa bem em campanhas, mas o histórico de promessas não cumpridas e de uma gestão pública deficiente em Bayeux deixa muitos eleitores céticos.
Eloah afirmou que seu mandato será voltado para “ser o megafone dos invisíveis”, mas resta saber se terá força política e influência suficiente para converter discursos em ações práticas que realmente façam a diferença na vida dos cidadãos, especialmente em uma cidade tão carente de políticas públicas eficazes. Bayeux precisa de mais do que apenas novos rostos; precisa de lideranças que estejam prontas para enfrentar os desafios de frente, com estratégias bem definidas e com o apoio necessário para executar as mudanças prometidas.
O tempo dirá se Eloah Felinto conseguirá romper o ciclo de promessas vazias ou se será apenas mais um nome na longa lista de políticos que prometeram mudança, mas entregaram mais do mesmo.