As eleições municipais em Bayeux revelaram uma verdade política que se repete: a falta de unidade entre os partidos de oposição pode ser fatal. A vitória de Tacyana Leitão, com 52,59% dos votos, não foi apenas um triunfo de sua campanha, mas também o resultado de uma oposição dividida, incapaz de apresentar uma frente única contra o governo.
Domiciano Cabral (MDB), com 38,24% dos votos, e Glicério Feitosa (NOVO), com 9,17%, foram candidatos que, apesar de terem propostas distintas, dividiam uma base eleitoral comum. Juntos, somariam 47,41% dos votos, o que poderia ter equilibrado a balança e provocado uma luta maior para Tacyana. Fora os votos de Hermerson Caminhoneiro.
A falta de diálogo e estratégia conjunta entre esses grupos é o que se destacou nas urnas. A política, especialmente em cenários eleitorais polarizados como o de Bayeux, exige alianças e coordenação. O eleitorado, por sua vez, ficou com opções fragmentadas e, diante da divisão, optou pela estabilidade.
O mais intrigante é que as forças opositoras parecem ter ignorado um princípio básico da democracia: a união faz a força. Com uma abstenção de 14,70% e um número considerável de votos brancos e nulos, ficou claro que muitos eleitores se sentiram desencantados, talvez pela falta de uma alternativa sólida e coesa ao governo.
É hora de a oposição refletir sobre seus erros. As próximas eleições trarão novos desafios, e a lição que fica é que, em política, o orgulho e as diferenças devem ser colocados de lado em nome do objetivo comum. Caso contrário, veremos mais vitórias de candidatos que conseguem aproveitar a desunião do lado adversário.