Durante a sessão desta terça-feira (30), a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu manter a prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho Neto. Ele é investigado por suspeita de desvios milionários em recursos destinados ao Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O religioso, detido desde 17 de novembro de 2023, é acusado de participar de uma organização criminosa que desviou verbas do hospital filantrópico.
A defesa de Padre Egídio alegou a desnecessidade da prisão preventiva, enfatizando a presunção de inocência do religioso. No entanto, o relator do processo e outros desembargadores votaram pela manutenção da prisão, respaldados pelo Ministério Público da Paraíba, que defendeu a medida para garantir a ordem pública.
O Ministério Público ressaltou em seu parecer que as cautelares são fundamentais para evitar a impunidade e a ocultação patrimonial, especialmente considerando os impactos negativos dos desvios durante a pandemia de COVID-19. A procuradora Maria Lurdélia Diniz de Albuquerque Melo afirmou que os recursos desviados poderiam contribuir para a restauração da saúde financeira do hospital e ampliação do atendimento aos necessitados.
As acusações indicam que Padre Egídio teria construído uma fortuna adquirindo imóveis de luxo em diversas regiões. O caso é considerado um dos maiores escândalos de corrupção institucional na história da Paraíba, impactando a vida de pacientes que dependiam dos serviços de saúde pública oferecidos pelo Hospital Padre Zé.