O comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Sérgio Fonseca, afirmou em nota, na tarde desta terça-feira (16), que a corporação “não tem relação com decisões que proíbem blocos de carnaval em determinados pontos de Campina Grande”.
A nota foi divulgada horas após o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) dizer, em entrevista coletiva, que o decreto proibindo o desfile de blocos em diversas localizações tem como objetivo “garantir a segurança e organização” no período de realização do tradicional Carnaval da Paz na cidade.
O comandante garantiu, ainda, que “corporação está pronta para garantir a segurança em todos eventos que venham a acontecer durante o carnaval de Campina”.
Veja a nota da Polícia Militar
O Comando da Polícia Militar da Paraíba informa que a corporação está pronta e preparada para garantir a realização de todo e qualquer evento que ocorra durante o Carnaval na cidade de Campina Grande e em qualquer parte do Estado, seja ele religioso ou carnavalesco
Com o histórico de sempre promover segurança em centenas de eventos em período de carnaval, a Polícia Militar destaca que não tem nenhuma relação com decisões que proíbem blocos de carnaval em determinados pontos de cidade de Campina Grande, estando absolutamente pronta para atender aos cidadãos e turistas com os serviços de segurança.
Durante à noite, em entrevista ao programa de rádio Hora H, apresentado pelos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, na Rede Mais Rádio, o comandante da corporação, Sérgio Fonseca, comentou o assunto.
Decreto do silêncio
O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União), justificou, na manhã desta terça-feira (16), o decreto que proíbe o desfile de blocos carnavalescos entre os dias 8 e 13 de fevereiro em diversos pontos da cidade, a exemplo do Açude Velho e Parque do Povo.
Segundo o gestor, houve um acordo liderado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) para garantir a “organização” e “segurança” dos eventos na cidade. Por isso, de acordo com Cunha Lima, se faz necessário restringir a circulação de blocos.
“O Ministério Público chamou o feito a ordem e convocou uma reunião com os Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, STTP, Prefeitura… todos os atores para organizar e poder entregar um modelo organizado. Para se ter uma ideia, só em um dia vão sair dez blocos e para esses blocos saírem, é preciso de segurança. Todas as instituições precisam dar essa contribuição”, afirmou o prefeito.
Reação negativa
Nas redes sociais, a medida provocou revolta. Carnavalescos e populares cobraram o direito de ir às ruas durante o período momesco em Campina Grande.
MaisPB