Novo salário mínimo de R$ 1.412: impacto e orientações para a população

O início do ano de 2024 trouxe consigo uma mudança significativa para milhões de brasileiros, com a entrada em vigor do novo salário mínimo de R$ 1.412, representando um aumento de 6,97% em relação ao piso de 2023, que era de R$ 1.320.

Este reajuste não apenas afeta diretamente os trabalhadores que recebem o salário mínimo, mas também influencia benefícios como aposentadorias, pensões do INSS, seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep, e o Benefício da Prestação Continuada (BCP).

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de um quarto da população brasileira, equivalente a 54 milhões de pessoas, é impactado pelo salário mínimo.

A nova regra de valorização:

O aumento segue a nova regra de valorização, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em agosto. Essa fórmula leva em consideração dois fatores: o PIB de 2022, que cresceu 3%, e o INPC acumulado por 12 meses até novembro, fechando em 3,85%.

A proposta visa preservar o poder aquisitivo e, em caso de crescimento econômico, aumentá-lo. Sem essa nova política, o reajuste seria apenas pela inflação, resultando em um valor de cerca de R$ 1.370, segundo a Constituição Federal.

Segundo o economista, Cássio Besarria, o valor do salário mínimo é definido visando o nível de subsistência, cobrindo necessidades básicas como vestuário, alimentação e transporte.

A proposta retoma critérios vigentes entre 2007 e 2019, quando o ganho real deixou de ser repassado ao piso durante os anos do governo Bolsonaro.

Histórico de reajustes:

  • 2024: R$ 1.412 (6,97%)
  • 2023: R$ 1.320 (8,91%)
  • 2022: R$ 1.212 (10,04%)
  • 2021: R$ 1.100 (5,2%)
  • 2020: R$ 1.045 (4,7%)
  • 2019: R$ 998 (4,6%)
  • 2018: R$ 954 (1,8%)
  • 2017: R$ 937 (6,48%)
  • 2016: R$ 880 (11,6%)

A população é incentivada a utilizar de maneira consciente esse incremento no salário mínimo, priorizando necessidades essenciais e adotando práticas sustentáveis para maximizar o impacto positivo na qualidade de vida.

O economista Celso Mangueira destaca a importância da alimentação como o item de maior prioridade e maior consumo.

O melhor caminho a ser seguido é pesquisar os preços dos itens de alimentação necessário para garantir a sobrevivência da família. Adquirir os que apresentam a melhor relação custo x benefício, consumi-los e utilizar também as melhores práticas de reaproveitamento

Economista Celso Mangueira

Utilizar o novo salário mínimo de forma inteligente é crucial para famílias que dependem desse valor para sustentar suas necessidades básicas. Aqui estão algumas maneiras de gerenciar esse dinheiro de forma eficaz:

1. Orçamento:

  • Planejamento financeiro: crie um orçamento detalhado para entender para onde vai cada centavo. Priorize despesas essenciais como alimentação, moradia, contas básicas (água, luz, gás) e transporte.
  • Evite dívidas: limite gastos desnecessários para evitar endividamento. Evite cartões de crédito ou empréstimos, se possível.

2. Prioridades de gastos:

  • Alimentação saudável e econômica: dê preferência a alimentos básicos e nutritivos. Compre a granel, escolha produtos da estação e evite desperdícios.
  • Moradia acessível: se possível, busque moradias com aluguel mais baixo ou considere dividir despesas com familiares ou amigos para reduzir custos.

3. Economia:

  • Reaproveitamento e reciclagem: busque maneiras de reutilizar itens em vez de comprar novos sempre que possível. Isso inclui roupas, móveis e outros objetos.
  • Pesquisar preços: compare preços antes de fazer compras, utilize cupons, promoções e descontos para economizar.

4. Educação financeira:

  • Aprenda sobre finanças pessoais: busque conhecimento sobre como gerenciar suas finanças de maneira eficiente. Há muitos recursos gratuitos disponíveis online e em instituições financeiras.

5. Investimento no futuro:

  • Educação e capacitação: considere investir em cursos ou treinamentos que possam aumentar suas habilidades e oportunidades de emprego.
  • Poupança ou investimento: se houver uma quantia extra, pense em reservar uma parte para uma poupança de emergência ou investimentos de baixo risco.

6. Acesso a programas sociais:

  • Benefícios do governo: explore programas sociais para os quais você pode ser elegível, como bolsas de estudo, assistência médica ou alimentar.

7. Saúde financeira emocional:

  • Equilíbrio emocional: busque apoio emocional se o estresse financeiro estiver impactando negativamente sua saúde mental. Compartilhar preocupações pode aliviar a pressão.

Gerenciar um salário mínimo requer criatividade, planejamento e disciplina. Priorize as necessidades básicas, busque maneiras de economizar e invista em conhecimento financeiro para otimizar o uso desse dinheiro e melhorar a qualidade de vida.

Fonte: Portal Correio

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Redação PB Atualiza

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